sábado, 5 de dezembro de 2009

Desabafo de um cristão

DESABAFO DE UM CRISTÃO

De tempos em tempos o cristianismo tem enfrentado vários problemas que procuram denegrir a imagem da igreja edificada pelo Senhor Jesus. Não bastassem os ataques dos de fora, calúnia; perseguição; discriminação, a igreja através dos séculos teve que enfrentar dentro de suas próprias fileiras, homens que se levantaram com heresias destruidoras como já tinham advertido os Apóstolos do Senhor (At. 20: 29 a 31; 2ª Co. 11: 3,4; 2ª Tm.4: 3,4; 2ª Pe. 2:1 a 3; Jd. 17 a 19).
Hoje estamos presenciando uma igreja cheia de heresias, confissão positiva; quebra de maldição; teologia da prosperidade; superstição e vários outros modismos que se instalaram no meio do povo de Deus. A última novidade na igreja agora é o antropocentrismo (o culto tendo o homem como centro das atenções – quem vai cantar? Quem vai pregar?). Hoje não basta saber que Jesus está presente no culto (Mt. 28:20) os crentes querem ouvir seus preletores preferidos (e é por isso que muitos fazem caravanas para grandes congressos, compram Dvs de seus ídolos e até viram fã clube do pregador A ou B) os cultos viraram shows, os púlpitos viraram palcos, picadeiro e ás vezes até palanques políticos, os pastores se parecem mais com executivos, as mensagens não são mais de ajuda do auto mas sim de auto ajuda, os hinos congregacionais (harpa cristã) estão sendo substituídos e em seu lugar estão sendo introduzidos músicas com rítimos e estilos mundanos e sem letras bíblicas, os cânticos são conduzidos por equipes de louvor que não respeitam o tempo da Palavra e que após a apresentação de suas vozes (com a igreja de pé e músicas que só eles conhecem) saem do templo, pois os mesmos não querem ouvir a Palavra.
Infelizmente hoje o termo evangélico não causa mais impacto na sociedade, pois todo mundo se diz evangélico. Mulheres que posam nuas e fazem filmes pornográficos, pessoas que compram e não pagam, são trapaceiros, caloteiros, “pastores” (pastores?) envolvidos com escândalos sexuais e com esquema de corrupção no meio político, estão denegrindo a imagem dos verdadeiros evangélicos (prefiro ser chamado de crente).
A igreja está cheia de aproveitadores de plantão. Eles descobriram que os crentes são fáceis de enganar. Pois o que acontece em nosso meio hoje é o seguinte: convida-se alguém que a igreja não conhece de perto (sua vida no lar, na sociedade, na igreja, etc...), mas que a mídia evangélica consagrou e o fez famoso da noite para o dia e a mesma fica obrigada a arcar com todas as despesas. Fico pensando em quantos homens e mulheres de Deus, servos valorosos que tem a sua vida no altar em constante consagração, mas que só porque não são famosos, não possuem bens deste mundo, não são valorizados. Para que convidar alguém de longe se tem pessoas de perto que são bênçãos nas mãos de Deus? Pessoas que oram que não cobram cachê, que são cheias do Espírito Santo. Mas alguém pode dizer: Se não houver alguém famoso o povo não vem. Se for assim, convidem o cantor Roberto Carlos, a cantora Ivete Sândalo, O Leonardo, a dupla Zezé di Camargo e Luciano, a Xuxa, o Pelé!
É por isso que quando alguém me pergunta, porque hoje não vemos mais milagres, batismo com o Espírito Santo, curas, avivamento, transformação de vidas, conversão de almas, respondo que enquanto o Espírito Santo não voltar a ter o seu lugar na igreja teremos que conviver com esta sequidão espiritual. (Hoje temos o ouro e a prata, mas onde está o levanta e anda em nome de Jesus?)
Hotel cinco estrelas, venda de produtos (CDs, DVDs, Livros, etc...) além de um ótimo cachê, tratamento de rei e regalias é o preço que tem que se pagar se quiser contar com a presença das celebridades do mundo gospel. Para convidar algumas destas celebridades é preciso assinar um contrato e depositar antecipado o seu cachê, se não eles não vem (quando vem, pois dependendo do tamanho do cachê eles vão para outro evento e furam com o compromisso anterior).
E para cobrir os gastos de tal evento apela-se para práticas tais como: pedir oferta alçada no meio do culto (preciso de dez pessoas para doar R$ 50,00 e Deus vai te dar em dobro) cantinas, oferta na porta do templo, em alguns lugares até sorteios de prêmios, e rifas. São tantos pedidos de ofertas, que parece que vai chegar o dia em que para entrar no templo precisará pagar o ingresso.
Não quero dizer com isso que a igreja não precisa de dinheiro. A obra de Deus precisa sim, mas o que questiono é o destino deste dinheiro. Todo este esforço para angariar dinheiro para que? Para sustentar missionários no campo? Para socorrer irmãos necessitados? (Rm. 15: 26; 2ª Co. 8 e 9) não, mas para custear o luxo de verdadeiros mercenários disfarçados de cristãos.
Enquanto muitos irmãos levantam cedo para trabalhar para ganhar um misero salário mínimo, estes mercenários ganham numa noite o equivalente a um ano de trabalho do pobre irmão humilde, que ainda tem que separar o dízimo para a igreja.
Estes lobos apresentam o seu show e depois vão embora com o dinheiro da igreja e o pastor fica com os problemas para resolver, pois na maioria das vezes o que acontece nestas festividades é puro emocionalismo barato (levanta a mão e dá glória, olha no olho do seu irmão e diz: você é feio, mas eu te amo etc...) e nada de mensagem Bíblica e os crentes (principalmente os que não gostam de estudar a Bíblia e dizem que teologia é do diabo) caem igual um patinho no conto destes lobos e servem de marionetes nas mãos deles. Pobres crentes incautos, analfabetos em Bíblia, não se dão conta de que estamos nos últimos dias e que precisamos vigiar.


O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos que a vida cristão é vivida de fé em fé, (Rm. 1:17) mas muitos crentes confundiram os termos e passaram a viver de “festa em festa” e é por isso que hoje se não houver grandes eventos nas igrejas o povo fica apático, frio, desanimado, se esquecendo que a vida cristã não é constituída só de alegria, festa, eventos, mar de rosas, mas que há pedras e espinhos no caminho, lágrimas, choro, renúncia, sofrimento, sacrifício, lutas, etc...
Alguns pensam que a igreja precisa de artistas para animar o povo, por isso convida estrelas do mundo gospel (muitas vezes pessoas recém-saídas do mundo e que ainda não sabem o que é levar a cruz) e não tem nada acrescentar em nossa comunhão com Deus.
Meua amados irmãos, que mediante o exposto possamos refletir sobre o estado crítico em que se encontra a igreja e buscar de Deus uma resposta a estas mazelas que tanto prejuízo tem trazido á nobre causa do evangelho.
Acorda crente o Rei está voltando!

Pb. Edinei Siqueira, Th.B - Teólogo e Pesquisador de Religiões, seitas e heresias.

8 comentários:

  1. Olá Edinei, graça e paz seja contigo!!
    Passando para conhecer seu espaço, e gostaria de aproveitar
    A oportunidade e te convidar para conhecer o Amigo de CRISTO
    É um blog novo, mas voltado e acunhado na palavra, isento de criticas
    Mas como meta, levar o leitor direto ao alvo, à pessoa de Jesus, sua visita
    Será uma alegria, e também estaremos somando positivamente, como voz estaremos fortalecendo o mandamento do ide de Jesus, e estreitando a união por esse canal de comunicação para honra e a glória do nome do senhor, em um só corpo.. paz seja contigo..Amigo De Cristo

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  2. Paz do Senhor!

    Faço meu também o desabafo do irmão!

    Pensando nisso, estou fazendo em meu blog uma pesquisa de opinião sobre o tempo em que estamos vivendo (dizem que é de unção, milagres, etc. Será?). Peço que participe. Basta deixar um comentário sobre o assunto na postagem mais recente.

    Obrigada e Deus abençoe!

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  3. Irmão concordo plenamente com você.É tão triste ver meus irmãos caminhando em direção ao abismo.Estamos em uma época em que o materialismo está em alta no meio cristão.É muito triste isso!O pior que é muito difícil encontrar igrejas que preguem a palavra genuína de cristo.Muitas estão contaminadas com essas doutrinas de demônios.E olha que é muito difícil de tirar da cabeça dos irmãos.Parecem até que estão enfeitiçados .Só Jesus mesmo!

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  4. Gostaria que desse uma olhada nesse comentario sobre o dizimo

    muitos historiadores da igreja escrevem que o dízimo não se tornou uma doutrina aceita na igreja, durante mais de 700 anos após o Calvário. Os antigos pais da igreja, antes de 321 d.C. (quando Constantino tornou o Cristianismo uma religião legal) se opunham ao dízimo, considerando-o uma doutrina puramente judaica. Clemente de Roma (Ano 95), Justino Mártir (150), o Didaquê (150-200) e Tertuliano (150-220) se opunham ao dízimo. Até mesmo Cipriano (200-258) rejeitou a introdução do dízimo incluído na distribuição aos pobres.
    De fato, os antigos líderes da igreja praticavam o ascetismo. Isso quer dizer que ser pobre era a melhor maneira de servir a Deus. Eles copiavam sua adoração conforme as sinagogas judaicas, as quais tinham rabinos que se auto-sustentavam, recusando-se a receber dinheiro para ensinar a Palavra de Deus (Ver Schaff - “History of Christian Church”, vol. 2, 63, 128, 98-200, 428-434).
    Segundo os melhores historiadores e enciclopédias, 500 anos se passaram até que a igreja, no Concílio de 585, tentasse, sem sucesso algum, forçar os seus membros a dizimar. Mas não foi antes de 777 d.C. que o Imperador Carlos Magno permitiu legalmente que a igreja coletasse dízimos [É claro que a Igreja de Roma, a qual coroou Carlos Magno, foi quem ressuscitou o dízimo, por causa da sua desmedida ganância por riqueza material].

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  5. Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.

    Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 DC. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.

    Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.

    Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.

    A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA NUNCA COBROU DÍZIMOS!
    Isso deve ficar muito claro para se evitar os costumeiros equívocos.

    Vamos lá:
    a) 1Cor 16:1-2 nos mostra que as contribuições eram recolhidas no primeiro dia da semana daquilo que os fiéis conseguiam poupar para tal - Tal valor era enviado para sustentar os pobres da Igreja de Jerusalém e nada se refere a serviços sacerdotais.
    b) 2Cor 8:13-15 nos mostra que o objetivo das contribuições é o da igualdade social. Trata-se, pois de um princípio redistribuição de recursos. Os que possuem mais doam para os necessitados.
    c) Justino confirma plenamente a prática comunitária cristã vista no item "b" quando afirma: "e aqueles dentre nós que possuem bens ajudam a todos os necessitados, e ajudamos sempre uns aos outros."
    d) Tertuliano, da mesma forma, esclarece a destinação dos recursos aos necessitados e mais - diferencia as contribuições voluntárias cristãs da seguinte forma: ". Embora entre nós exista um caixa comum, ele não é constituído por contribuições honorárias de honorária summa], como se fosse o preço de uma religião posta à venda."
    e) Por fim, “o texto da Didaquê nos fornece a fundamental indicação:”. E quando o apóstolo vai embora, não o deixe levar nada além de pão até que ele se hospede. Se ele pedir dinheiro, ele é um falso profeta. ""

    --
    CLAUDIO PIMENTA

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  6. Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.

    Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 DC. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.

    Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.

    Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.

    A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA NUNCA COBROU DÍZIMOS!
    Isso deve ficar muito claro para se evitar os costumeiros equívocos.

    Vamos lá:
    a) 1Cor 16:1-2 nos mostra que as contribuições eram recolhidas no primeiro dia da semana daquilo que os fiéis conseguiam poupar para tal - Tal valor era enviado para sustentar os pobres da Igreja de Jerusalém e nada se refere a serviços sacerdotais.
    b) 2Cor 8:13-15 nos mostra que o objetivo das contribuições é o da igualdade social. Trata-se, pois de um princípio redistribuição de recursos. Os que possuem mais doam para os necessitados.
    c) Justino confirma plenamente a prática comunitária cristã vista no item "b" quando afirma: "e aqueles dentre nós que possuem bens ajudam a todos os necessitados, e ajudamos sempre uns aos outros."
    d) Tertuliano, da mesma forma, esclarece a destinação dos recursos aos necessitados e mais - diferencia as contribuições voluntárias cristãs da seguinte forma: ". Embora entre nós exista um caixa comum, ele não é constituído por contribuições honorárias de honorária summa], como se fosse o preço de uma religião posta à venda."
    e) Por fim, “o texto da Didaquê nos fornece a fundamental indicação:”. E quando o apóstolo vai embora, não o deixe levar nada além de pão até que ele se hospede. Se ele pedir dinheiro, ele é um falso profeta. ""

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  7. Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.

    Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 DC. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.

    Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.

    Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.

    A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA NUNCA COBROU DÍZIMOS!
    Isso deve ficar muito claro para se evitar os costumeiros equívocos.

    Vamos lá:
    a) 1Cor 16:1-2 nos mostra que as contribuições eram recolhidas no primeiro dia da semana daquilo que os fiéis conseguiam poupar para tal - Tal valor era enviado para sustentar os pobres da Igreja de Jerusalém e nada se refere a serviços sacerdotais.
    b) 2Cor 8:13-15 nos mostra que o objetivo das contribuições é o da igualdade social. Trata-se, pois de um princípio redistribuição de recursos. Os que possuem mais doam para os necessitados.
    c) Justino confirma plenamente a prática comunitária cristã vista no item "b" quando afirma: "e aqueles dentre nós que possuem bens ajudam a todos os necessitados, e ajudamos sempre uns aos outros."

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  8. Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.

    Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 DC. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.

    Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.

    Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.

    A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA NUNCA COBROU DÍZIMOS!
    Isso deve ficar muito claro para se evitar os costumeiros equívocos.

    Vamos lá:
    a) 1Cor 16:1-2 nos mostra que as contribuições eram recolhidas no primeiro dia da semana daquilo que os fiéis conseguiam poupar para tal - Tal valor era enviado para sustentar os pobres da Igreja de Jerusalém e nada se refere a serviços sacerdotais.

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