terça-feira, 19 de julho de 2011

QUESTIONANDO O USO INDEVIDO DE MALAQUIAS 3:10


Sempre questionei o uso indevido que os pa$tore$ malaquianos (malaquianos – que usam e abusam do texto de Ml. 3:10 para cobrar dízimos)fazem do livro do profeta Malaquias para extorquir dinheiro dos cristãos.
Pois quem estuda com seriedade e faz uma honesta interpretação de Ml. 3:10 há de convir que este texto não é aplicável á igreja atual.
O livro de Malaquias foi escrito para judeus que tinham regressado para Jerusalém após o cativeiro babilônico e que estavam desanimados e por isso prestavam um culto superficial ao Senhor não entregando seus dízimos e oferecendo animais impróprios para o sacrifício (Ml. 1:13).
Sabemos pelos escritos do Novo Testamento e pela história da igreja que o dízimo não fazia parte da liturgia da igreja neotestamentária. Só a partir do terceiro século d.C é que os cristãos passaram a dar o dízimo. Antes disso a igreja se mantinha através das ofertas voluntárias (2ª Co. 9:7).
Os ” pa$tore$ malaquianos dão uma enfaze exagerada a parte “a” do verso 10 de Ml. 3 que diz: “Trazei todos os dízimos…” Mas omitem a parte “b” que diz: “…para que haja mantimento”.
Ora, se querem aplicar este texto para os dias de hoje porque não poêm em prática a parte “b” também?
Onde está o mantimento? Pois dizem que o dízimo é para manter a obra. É mesmo? A obra de quem?
Alguns crentes que não entregam o dízimo são chamados de ladrão. Mas quem está roubando quem? Será que os pa$tore$ malaquianos não estão roubando as ovelhas, comprando carro novo; viajando; pescando; vestindo e comendo do bom e do melhor com o dinheiro suado das pobres ovelhas?

Pb. Edinei, Th.B

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

JESUS - Mais que um operador de milagres

JESUS – MAIS QUE UM OPERADOR DE MILAGRES

Após realizar o grande milagre da multiplicação dos pães, onde com apenas cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou uma multidão de quase cinco mil homens sem contar mulheres e crianças, o Mestre se ausentou da multidão. Mas no dia seguinte muitos foram ter com ele, movidos por interesse e curiosidade. Sabendo Jesus do real motivo que levou aquelas pessoas a empreenderem tal viagem, lhes surpreende com estas palavras: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna..." João 6: 27. Estas palavras mostram que existe algo superior a qualquer milagre, por mais espetacular que seja; superior ao suprimento das necessidades cotidianas trata-se de algo que está além de uma satisfação momentânea e física, que mata não somente a fome física, mas a espiritual, "a vida eterna".
O mesmo Apóstolo João diz em seu evangelho que Jesus fez muitos outros sinais que não foram registrados em seu livro (Há no evangelho de João sete milagres e mais vinte e oito nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas), mas os que foram escritos, o foram para que as pessoas cressem que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e os que assim fizessem tivessem vida em seu nome, "João 20: 30,31. Realizar milagres, curas e exorcismos, embora fosse algo normal no cotidiano da vida de Jesus, não era sua missão principal, mas algo que apontava para suas credenciais como o Messias (Ungido) esperado pela nação de Israel e que levaria as pessoas a crerem nele.
Ainda hoje multidões não conseguem entender a mensagem do evangelho e pensam que Jesus é simplesmente um curandeiro ou abençoador. Multidões acorrem aos templos onde são feitas promessas de curas e solução de problemas. Sabemos que Deus pode abençoar prosperar, curar, etc... Mas a mensagem que ele nos mandou pregar foi a vida eterna aos que crêem; a salvação da alma e não bênçãos momentâneas. “O teólogo John Stott disse:” Prometer curas miraculosas a todos aqueles que acreditam nisso é gerar desilusão; e depois, quando tal cura não acontece, atribuir isso a falta de fé, é no mínimo, pura crueldade".
Jesus não é uma mercadoria de consumo, um Deus imediatista, um solucionador de problemas, mas o Salvador, nome este que descreve a sua missão: salvar os pecadores. Foi para isto que ele derramou o seu sangue na cruz, não para dar carro novo, riqueza e bens materiais, como muitos estão pregando sem embasamento Bíblico.
Jack Deere disse que "um dos erros da igreja é oferecer Jesus às pessoas unicamente da mesma forma que um vendedor oferece um produto aos clientes." Oferecer Jesus desta forma leva as pessoas a fazer o que os sociólogos chamam de: "transito religioso", ou seja, andarem de lugar em lugar a procura de solução de seus problemas.
Não é errado pessoas se aproximarem de Jesus num momento de crise interessadas numa cura ou uma benção especial, mas continuar desta forma é uma demonstração de pura falta de compreensão do cerne do Evangelho que diz que Deus deu o seu filho para sermos salvos por ele. Leia João 3: 16.
Que a sua busca por Jesus leve a tê-lo ao seu lado por toda a eternidade e não somente nos momentos difíceis desta vida terrena.

Edinei Siqueira, Th.B - Teólogo e Apologista cristão.